29/07/2009

Manaus, chuva, heavy metal...

Tarde de chuva em Manaus, e todos os headbangers da cidade estão reunidos na frente do sambódromo a espera daquele que será o maior show (até então) que a cidade já recebeu.

Desde ás 11 da manhã já começava a movimentação por volta do sambódromo, muitos fãs esperavam pela abertura dos portões que estava prevista pra 18 horas, mas que no fim teve um pequeno atraso de meia-hora que acabou não sendo um grande problema.

Aproximadamente as 20 horas, começava o show de abertura que ficou por conta da filha do chefe, Lauren Harris, que eu juro que não entendo o por quê da perseguição causada pelos fãs de outras cidades quanto a sua sonoridade, a banda da garota foi extremamente competente, com destaque pro guitarrista que inclusive chega a dividir a atenção principal com a garota. Mas foi isso, um show de abertura razoável, ninguém do público parecia ter se incomodado com o show. Ao final, a Lauren agradeceu, falou do seu novo álbum e de algumas faixas já disponível para audição no seu MySpace.

Terminado o show de abertura, após longos minutos esperados pelos fãs, as luzes se apagam e começa a introdução que começou com o cover de UFO, 'Doctor, Doctor' e logo seguido de Transylvania junto com imagens de bastidores da banda nos telões. O show como ja era esperado, abriu com Aces High com uma performance perfeita de toda a banda, sobretudo do vocalista e frontman Bruce Dickinson que conseguiu chamar atenção não só dos fãs da banda, mas também daqueles que estavam ali conhecendo a banda (que eram realmente muitos).

O show seguiu com Wrathchild e 2 Minutes To Midnight que arrebatou o público com dois dos refrões mais poderosos da banda que causou arrepios em quem estava ali na grade. Logo depois veio uma execução impecável de Children of The Damned com direito a guitarra vermelha double-neck de Adrian Smith, a partir daí começou o desfile de clássicos da banda que deixou todo e qualquer fã emocionado, Phantom of The Opera com três guitarras, The Trooper com o lado teatral perfeccionista do Bruce Dickinson e suas bandeiras do Reino Unido, seguido da melódica Wasted Years, a longa e épica Rime of The Ancient Mariner, a pesadíssima Powerslave, a clássica e batida Run To The Hills e claro, a mais 'conhecida' Fear of The Dark, sendo essa última cantada em coro pelas quase 20 mil pessoas ali naquele sambódromo.

Logo depois a banda faz uma pausa rápida pra troca de instrumentos até que começa a repetida mas nunca enjoativa Hallowed Be Thy Name seguida do hino oficial da banda Iron Maiden que contou com o ápice do show que foi a aparição do Eddie Cyborg andando pelo palco e apontando sua arma para o público.

Logo após o hino, a banda sai do palco para descanso, enquanto isso o público, ansioso pela volta, grita em coro todos aqueles gritos já conhecidos por qualquer fã que se preze e alguns tentando puxar o canto de parabéns para Steve Harris que pra sorte daqueles que estavam ali naquele dia, estava comemorando seu aniversário nos palcos.

Ainda com as luzes apagadas, se inicia a introdução de The Number of The Beast que contou com o trecho falado da bíblia já conhecido de cor por quem ouve a banda a tempos, mais uma vez o público se mostra bem participativo, ao fim da música Bruce fala sobre a importancia de estar fazendo um show ali e cita a volta da banda em 2011 ao Brasil pra divulgação de um novo álbum (esperamos eles aqui na cidade novamente).

Já no final do show, outro clássico, The Evil That Men Do que infelizmente não arrancou tanto entusiasmo dos presentes (lembrando que tinham muitos que estavam ali pra conhecer a banda) seguida de Sanctuary que foi interrompida no meio para o canto de parabéns para o aniversariante da noite; Harris se mostrou emocionado com tudo, agradeceu bastante ao público e logo depois a música voltou a tocar do ponto em que tinha parado.

Ao final do show os membros jogaram palhetas, munhequeiras, peles de bateria, baquetas e o gorro usado pelo Bruce durante o show e se despediram do público agradecendo a participação; Certamente quem estava ali, indepententemente de ser ou não fã da banda, se impressionou com a qualidade da banda, não só pelo lado musical, mas pelo lado teatral que é de deixar qualquer um boquiaberto.
Créditos: Júlio (Brazólia) Brazão, ou o doente [ROT].

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